Travestis e transexuais podem desenvolver câncer de mama? A resposta é sim.
Neste outubro rosa, a ANTRA apoia e incentiva a população de Travestis e Transexuais de participar das ações de conscientização e informação sobre o câncer de mama pelo Brasil.
O preconceito, a desinformação e o despreparo profissional na área de saúde estão entre as principais barreiras para a pesquisa, prevenção e tratamento do câncer de mama em Travestis, mulheres transexuais, homens trans e demais pessoas trans no Brasil.
Atualmente, a formação médica no Brasil não se aprofunda no tema da saúde das pessoas trans, ocasionando uma distância entre as pessoas trans e os profissionais de saúde.
Devido a dificuldade de acesso a profissionais capacitados e falta de medicação na rede pública, nossa população ainda enfrenta o desafio da automedicação, o que tem trazido agravos na saúde de nossa população.
É muito importante estarmos atentos e atentas sobre o protocolo de realização do autoexame e em caso de dúvida, buscar locais de acompanhamento para a realização de um acompanhamento especializado, a fim de minimizar e diagnosticar o câncer de mama.
Por outro lado, não existem dados sobre a prevalência no câncer de mama nas pessoas trans. Nem os agravos causados pela Terapia Hormonal a médio e longo prazo.
A prótese de silicone deve ser vista como um fator a mais para a realização periódica de exames para prevenção, pois este material tende a “camuflar”, “dificultar” a observação da existência de nódulos no seio, procedimento que deve ser realizado, preferencialmente, por médicos, mas que não dispensa a prática do auto-exame.
Entre as principais causas da doença, estão as alterações genéticas e hormonais, alimentação rica em gorduras, excesso de álcool ingerido, além do uso de anabolizantes ou de hormônios.
Campanhas de conscientização
Infelizmente, a falta de representatividade nas campanhas de conscientização também faz com que pessoas trans não procurem ou não saibam da necessidade da prevenção contra o câncer de mama, que é suscetível a pessoas de qualquer gênero. Não debater significa não reconhecer esta questão, esta possibilidade.
Acesso básico à saúde
Travestis e Mulheres transexuais, que têm uma expectativa de vida de 35 anos, e sentem dificuldades em serem inseridas no atendimento básico de saúde, tanto pelo despreparo médico quanto por outros fatores, como o não respeito ao uso do nome social.
O mesmo acontece com os homens trans, que são expostos a campanhas pensadas para corpos femininos, cisgeneros, que acabam por excluir os cuidados para com as pessoas que tem mama, e que, como uso de hormônios, pode causar problemas relacionados ao câncer de mama.
A falta de um atendimento especializado reflete a defasagem de estudos e políticas públicas para o setor.
Travestis e Transexuais que se amam, se cuidam! O câncer tem cura, a falta de conhecimento também!
Não deixe de ser cuidar. Um toque pode salvar sua vida!

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