E agora, quem poderá nos ajudar? Não criemos pânico… A Resistência do Arco Iris está acontecendo. Sempre estivemos da luta!!!
Estima-se que houve um aumento em mais de 60% dos casos de violência direta desde janeiro/2019. Repetidos casos de xingamentos, negação de acesso a espaços, perseguição pública e declarações públicas de ódio, apesar da decisão do STF que reconheceu a LGBTIfobia como um expressão de racismo.
Diante dos dados assustadores contra a população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, mulheres transexuais, homens trans e intersexos (LGBTI), e o atual momento de retrocessos e perda de direitos, a ANTRA, ABGLT e FIOCRUZ (DIHS) vem trabalhando em um projeto que visa auxiliar a população LGBTI na prevenção, mapeamento e denuncias de violência motivadas por LGBTIfobia.
Constarão ainda, informações sobre redes de apoio, instituições publicas, governamentais e não governamentais de apoio e proteção dos direitos da população LGBTI e será um APP onde usuários poderão efetivar denuncias e/ou registrar locais seguros de sociabilidade LGBTI. Assim como serão publicadas pesquisas cientifica dos dados e revisão de apps já existentes sobre o assunto.
O PROJETO
O projeto surge na necessidade de nos organizarmos de forma a garantir uma efetiva participação de todas as LGBTI na construção de uma resistência eficaz e segura, e foi escrito em uma parceria entre a Bruna Benevides (ANTRA/ABGLT) Auxiliar de Coordenação do projeto e a Dra Monica Malta (ENSP/FIOCUZ) e é Coordenado pela Dra Angélica Baptista Silva (DIHS/Friocruz). E só foi possível graças ao compromisso do ex-Deputado Federal Jean Wyllys, que sensível a nossa atuação, destinou emenda parlamentar para viabilizar a construção de nossa resistência.
Conta ainda com equipe de pesquisa cientifica e técnica da FIOCRUZ Clarisse Kalume e Ianê Germano. Assim como pesquisadoras regionalizadas – majoritariamente travestis e mulheres trans, para construção, teste e a aplicabilidade das funções junto a grupos focais com a população LGBTI em seis estados da Federação sendo eles Bahia (Keila Simpson/ASTRABA), Minas Gerais (Sayonara Nogueira/ObservatórioLAC), Pará (Leo Castro/GHP), Rio de Janeiro (Clarisse Kalume/MicroRainbow), Sergipe (Alana Vargas/AMOTRANS), São Paulo (Valeria Rodrigues/Instituto Nice), e o Distrito Federal (Ludymila Santhiago/ANAVTRANS), ampliando a participação da sociedade civil e reforçando a parceria com a academia a fim de construir um projeto que una a pesquisa com as instituições que pautam politicas publicas para a nossa população.
DANDARAH, a Resistência do Arco iris – O APP
App foi batizado de DANDARAH, em homenagem a travesti Dandara Ketlyn, que foi brutalmente assassinada em 2017. Escolhemos o nome da Dandara como símbolo de resistência das LGBTI+, para nos lembrar que todas nós temos um papel fundamental nesse babado. A luta LGBTI+ surgiu a partir de nossa revolta contra a violência. E do quanto é necessário cada vez mais acuendar sobre o que tá rolando, pra gente não ser pega de surpresa diante de locais violentos ou tóxicos. Temos previsão de lançamento ainda este ano para android e IOS.
Então, vem fazer parte com a gente. Chama as amigas, os amigos e es amigues pra fazer parte desta construção e para poder organizar a nossa resistência cuidando umas das outras e, ainda por cima, lembrar que somos nós por nós!
Em breve, mais novidades sobre o projeto.
